São Vicente

Victor Miranda
O primeiro ato do Teatro Municipal de São Vicente ganha cada vez mais contornos dramáticos. Com os trabalhos esbarrando na lentidão há meses, o espaço cultural – prometido para janeiro do ano passado – está longe de ser concluído. Pior: a obra agora pode ser investigada pelo Ministério Público, Casa Civil e Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Na última semana o vereador de oposição Luís Cláudio Bili (PP), protocolou junto aos três órgãos o pedido de apuração de eventuais irregularidades na construção do teatro. Embasado em informações obtidas junto à própria Prefeitura – graças a um requerimento feito em sessão no final do ano passado – o parlamentar questiona os R$ 4.496.140,75 investidos na obra até então.
Isso porque, oficialmente, em contrato firmado em 2007 entre a Prefeitura e o Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade), estava prevista a liberação de R$ 4.875.892,90 para a construção do equipamento.
DocumentoEm um antigo memorial descritivo das obras, a Prefeitura informava que os trabalhos a serem desenvolvidos com este montante incluiriam: terraplanagem e locação da obra, serviços de infraestrutura (fundação), superestrutura, cobertura e forros, alvenaria e fechamentos, revestimentos, esquadrias, pisos, instalações elétricas, instalações hidráulicas, paisagismo e pavimentação.
O memorial detalha exatamente como devem ser os serviços. No caso dos pisos, por exemplo, o texto cita que o foyer e os halls de entrada deverão ser em placas de granito e os banheiros, em porcelanato. Já o paisagismo inclui árvores ao redor do teatro e portões de correr de malha de ferro chato.
“Ou seja, quase nada disso que está especificado foi feito. Estive pessoalmente no local e o mau uso do dinheiro público salta aos olhos de qualquer um. Hoje, o teatro é um galpão que serve exclusivamente para depósito da obra ao lado. E o dinheiro chegou, o que comprova a má gestão”, comenta o vereador Bili.
DinheiroO parlamentar se refere às medições feitas pelo Dade em contas da Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi), responsável pela obra, mas que terceirizou os serviços. Até aqui, foram sete depósitos efetuados, sendo o primeiro em 20 de junho de 2008 e o último em 29 de dezembro de 2010.
“As informações falam por si só. O dinheiro, da ordem de quase R$ 4,5 milhões, veio. Mas a Prefeitura não cumpriu com os contratos e muito menos com o memorial descritivo. Vou interagir junto aos órgãos competentes. Acredito que estes órgãos vão tomar as devidas providências. Eles precisam mostrar detalhadamente para onde foi esse dinheiro”, argumenta Bili.
Presidente da executiva municipal do PSOL, Erivaldo Donizeti Rodrigues faz coro ao discurso do parlamentar da oposição. “O dinheiro público não pode ser usado dessa forma. Precisa ser investido com cautela e obedecendo o que pede a documentação. Na nossa opinião, é um trabalho que o Ministério Público precisa continuar acompanhando”.
Na última semana o vereador de oposição Luís Cláudio Bili (PP), protocolou junto aos três órgãos o pedido de apuração de eventuais irregularidades na construção do teatro. Embasado em informações obtidas junto à própria Prefeitura – graças a um requerimento feito em sessão no final do ano passado – o parlamentar questiona os R$ 4.496.140,75 investidos na obra até então.
Isso porque, oficialmente, em contrato firmado em 2007 entre a Prefeitura e o Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade), estava prevista a liberação de R$ 4.875.892,90 para a construção do equipamento.
DocumentoEm um antigo memorial descritivo das obras, a Prefeitura informava que os trabalhos a serem desenvolvidos com este montante incluiriam: terraplanagem e locação da obra, serviços de infraestrutura (fundação), superestrutura, cobertura e forros, alvenaria e fechamentos, revestimentos, esquadrias, pisos, instalações elétricas, instalações hidráulicas, paisagismo e pavimentação.
O memorial detalha exatamente como devem ser os serviços. No caso dos pisos, por exemplo, o texto cita que o foyer e os halls de entrada deverão ser em placas de granito e os banheiros, em porcelanato. Já o paisagismo inclui árvores ao redor do teatro e portões de correr de malha de ferro chato.
“Ou seja, quase nada disso que está especificado foi feito. Estive pessoalmente no local e o mau uso do dinheiro público salta aos olhos de qualquer um. Hoje, o teatro é um galpão que serve exclusivamente para depósito da obra ao lado. E o dinheiro chegou, o que comprova a má gestão”, comenta o vereador Bili.
DinheiroO parlamentar se refere às medições feitas pelo Dade em contas da Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi), responsável pela obra, mas que terceirizou os serviços. Até aqui, foram sete depósitos efetuados, sendo o primeiro em 20 de junho de 2008 e o último em 29 de dezembro de 2010.
“As informações falam por si só. O dinheiro, da ordem de quase R$ 4,5 milhões, veio. Mas a Prefeitura não cumpriu com os contratos e muito menos com o memorial descritivo. Vou interagir junto aos órgãos competentes. Acredito que estes órgãos vão tomar as devidas providências. Eles precisam mostrar detalhadamente para onde foi esse dinheiro”, argumenta Bili.
Presidente da executiva municipal do PSOL, Erivaldo Donizeti Rodrigues faz coro ao discurso do parlamentar da oposição. “O dinheiro público não pode ser usado dessa forma. Precisa ser investido com cautela e obedecendo o que pede a documentação. Na nossa opinião, é um trabalho que o Ministério Público precisa continuar acompanhando”.

O local pode ser investigado pelo Ministério Público, Casa Civil e Tribunal de Contas
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